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Perigos no Trânsito – Motos não São As Vilãs

Estatísticas mostram que Pedestres e Automóveis lideram lista de envolvidos em acidentes.

Trânsito cada vez mais intenso e caótico nas ruas das grandes cidades brasileiras, não há dia em que não se noticiem ou se presenciem acidentes envolvendo motociclistas, não é mesmo? Mas seriam os motociclistas o verdadeiro e único risco ao trânsito mais seguro? Ou é só mais um senso comum sem comprovação definida?

Se, para as pessoas, há sempre muitas vítimas fatais em acidentes que envolvem motos, logo, a moto se torna um veículo perigoso. Mas, isso é apenas uma impressão, vamos as estatísticas: em primeiro lugar estão envolvidos os pedestres, em segundo lugar, os automóveis e, somente em terceiro, logo em seguida , as motos são mencionadas. Acredita-se que o que impressiona a população em geral é que, de fato, os motociclistas estão mais vulneráveis à acidentalidade no trânsito, dada a exposição de seu corpo e a falta de proteção do veículo em si, quando comparado com o carro ou o ônibus, por exemplo, que carregam outros tipos de suscetibilidades, mas essa é uma outra história.

Mais recentemente, os dados estatísticos mostram que há cada vez menos mortes em duas faixas de idade entre os envolvidos em acidentes com motos: de pessoas de zero a quatorze anos e de pessoas de cinquenta e um a noventa anos de idade, nesses casos os que mais morrem são os pedestres.

No Brasil, a quantidade de motos que circulam nas ruas é semelhante a do Japão, mas menor do que a Espanha e a Itália, perdendo apenas para o vizinho Paraguai. Assim, aumentam-se os acidentes não por conta da quantidade de motos que estão dispostas nas ruas, mas devido a outros motivos adjacentes. A motocicleta não é intrinsecamente perigosa, seu perigo é equiparado aos carros e aos ônibus, uma vez que sua direção é da alçada dos atos de seu condutor, logo, para condutores inábeis, há manobras e procedimentos equivalentes; independente do veículo por que se responsabilizam.

Entre os fatores que mais contribuem para os acidentes que envolvem as motos no trânsito listam-se: a falta de dedicação dos investimentos que são feitos em transporte público, por conta dos governantes; a ideia de marginalização, não somente das motocicletas, mas também das bicicletas, em detrimento do transporte particular no Brasil e o desrespeito de um modo geral pelo princípio da equidade, que também se aplicaria ao uso do espaço público de circulação. Todos esses motivos se manifestam em condutores cada vez mais imprudentes, negligentes e imperitos no trânsito. Assim, em vez de se pensar a moto como um problema, que tal se ela fosse pensada como uma alternativa mais econômica, mais rápida, mais sustentável e que ocupa menos espaço no trânsito?

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Flávia Alves Figueirêdo Souza


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